24 de junho de 2012

QUILOMBO MIMBÓ, PERCUSSÃO PRA COMUNIDADE.

O projeto QUILOMBO MIMBÓ representa a resistência de um povo de beleza estonteante e cultura pulsante. 

A comunidade fica a 170km de Teresina e é formada por remanescentes de quilombos da época do Brasil colonial. Originou-se a partir de dois casais de irmãos que fugiram das fazendas e encontraram no Vale do rio Canindé o local ideal para cultivar a agricultura, pesca, caça e pecuária. 









O processo de criação do espetáculo "QUILOMBO MIMBÓ" foi coletivo e envolveu toda a comunidade. Realizamos oficinas de canto, dança, criação de figurinos e adereços, vídeo, fotografia, percussão e produção cultural com perspectivas de geração de emprego e renda; assim como o fomento dessa comunidade, que precisa ser reconhecida pelo grande público por seu grande valor Cultural e Histórico no Estado do Piauí.

Agradecimentos ao Ministério da Cultura, Petrobrás, CADON e Fundação Palmares, que possibilitaram à ORGANIZAÇÃO PONTO DE EQUILÍBRIO/OPEQ a realização desse projeto através do 2º Prêmio Nacional De Expressões Culturais Afro-Brasileiras, que concretizou uma ação que valoriza nossa cultura Afro, além de incluir o Piauí no processo nacional de produção e fomento cultural. 

Essa inclusão mostra-se importante, pois contribui de forma ativa na construção e fomento do patrimônio imaterial e identidade do Brasil. Além disso, possibilita à população negra exercer o direito de acesso cultural, refletindo o valor artístico e a relevância histórica do Quilombo Mimbó, que é uma importante comunidade de manifestações culturais negras no Piauí.










Fotos: Jaqueline Bezerra

20 de junho de 2012

OPEQ ESTRUTURANDO A SALA DE ESPETÁCULO/ PRÊMIO "PRO CULTURA"




A Sala de Espetáculo e Formação Ponto de Equilíbrio é local de articulação para a formação, criação e produção artrítica das companhias, grupos, artistas, produtores e técnicos integrados a Organização Ponto de Equilíbrio.



A ação tem finalidade de aprimorar, desenvolver e consolidar as linguagens de circo, dança, musica e teatro, a partir da ampliação de sua capacidade de produção, difusão, circulação e estruturação.



O prêmio contribui para montagem e estruturação de espaço cênico, além de favorecer oficinas artísticas, cursos de formação, palestras e debates entre outros eventos que promovam a cultura local e estadual.



O projeto foi contemplado pelo Ministério da Cultura (Minc), através da Fundação Nacional de Artes (Funarte), no edital de Prêmio PROCULTURA de Estimulo ao Circo, Dança e Teatro e realizado pela Organização Ponto de Equilíbrio.



PROGRAMAÇÃO/JULHO 2012

P. F de Arte
Sexta - dias 06, 13, 20 e 27 - 12hs
Espetáculo Alegria de Pobre Dura Pouco
Dirceu Andrade

Ocupação OPEQ
Sábado - dias 07, 14, 21 e 28 – 19hs
Espetáculo Dançando Onde o Povo Está
Organização Ponto de Equilíbrio

Palestra
Segunda - dia 09 – 9hs
Importância do Registro Audiovisual
Palestrante: Jaqueline Bezerra

Curso de Formação
Segunda, Quarta e Sexta – 9hs
Captação e Edição de Imagens
Facilitadora: Jaqueline Bezerra





Oficinas Artísticas PERMANENTES.
URGENTE: Últimas vagas, início das aulas dia 09 de julho.



• Percussão

Segunda e Quarta 14hs

Geovano Quadros


• Teatro

Segunda e Quarta 16hs

Silmara Silva


• Dança Contemporânea

Segunda e Quarta 19h

Beth Battali


• Street Jazz

Terça e Quinta 9hs

Zéh Carlos di Santis


• Teoria e Técnica Vocal (Canto)

Terça e Quinta 14hs

Gislene Danielle


• Capoeira

Terça e Quinta 16hs

Moaaby Macêdo


• Dança do Ventre

Terça e Sexta 16hs

Manuele do Véu


• Circo

Terça e Quinta 18hs

Valmir Castro


• Dança de Rua

Terça e Quinta 19hs

Elieson Street



• Dança Afro-brasileira

Sábado 10hs

Júnior Afoxá



• Dança de Salão

Sábado 14h e 16h

Cleide Fernando



17 de junho de 2012

A segunda semana de atividades práticas do projeto Quilombo Mimbó









A oficina de Dança Contemporânea realizada pela Organização Ponto de Equilíbrio no Quilombo Mimbó teve como facilitador o coreógrafo Valdemar Santos, que é também diretor artístico e idealizador do projeto, aconteceu com especial destaque para explanação da técnica adotada na composição da oficina, que tem justamente base nos estudos de Klauss Vianna,bailarino brasileiro pesquisador do corpo que desenvolveu técnica de dança que busca a consciência corporal e utilização global do corpo na dança.  Exploramos de forma panorâmica os elementos corpo e o espaço, de forma a dar-lhes base para desenvolver as coreografias e movimentos que serão executados no resultado do projeto que será justamente um musical (dança e canto) criado com a comunidade, contado a historia peculiar dessa gente afro descendente que surgiu na época do Brasil colonial e que resiste até hoje com sua cultura e costumes, tendo suas atividades focadas na pecuária e agricultura familiar sendo o cultivo de alimentos e criação de animais a base da economia, também cultuam religiões e danças afro.

Nas aulas iniciais estudamos o corpo anatomicamente, depois de uma breve introdução teórica sobre as partes que formam o corpo e pensá-lo como maquina que precisamos entender para que assim possamos utilizá-lo em sua totalidade, com consciência, dinamismo e precisão. O corpo é um sistema formado por partes que precisam ser entendidas e utilizadas, a escolha da técnica de Klauss Vianna é justamente por ter como base a consciência corporal o que acreditamos ser de fato um diferencial na execução de qualquer dança, pois tendo consciência de que músculo e que partes do corpo preciso utilizar realizo uma dança mais “limpa” entendendo e utilizando o corpo de forma global. Esse processo foi bem prazeroso deu pra realizar alguns exercícios onde o corpo se relacionava tanto com o espaço como com outros corpos, fazendo também uma integração entre a turma, sempre terminávamos as aulas com memorização e execução de algumas sequencias coreográfica que já servirão de base para futuras criações.
Por fim experimentamos fixar uma estrutura de movimento e realizar um estudo mais aprofundado desse processo de memorizar e executamos algumas sequencias de movimento em coletivo. Trabalhamos nesse processo com o tempo de compreensão de cada individuo que se dar de forma bem diferente e que requer paciência dos que aprendem com mais facilidade, com aqueles que encontram alguma dificuldade em memorizar, é um processo bem coletivo e enriquecedor que possibilita mais entrosamento entre a turma e nos faz compreender melhor nossa atividade, pois trabalhando com o processo de repetição precisamos estar atentos para que não se perca o frescor e a naturalidade necessária na realização de qualquer dança e que podemos perder com a execução mecânica que se instala quando repetimos muitas vezes a seqüência, temos o desafio de torna o movimento preciso e maduro, esse é um processo que às vezes gera incomodo dependendo da turma, pois tem pessoas ansiosas que não entendem a importância da repetição do estudo minucioso da dança. Por outro lado trabalhamos com o detalhamento, a precisão, aspectos que precisam de concentração e dedicação para acontecer. Concluímos a semana com uma sequencias bem “amarrada” que servirá de base para as futuras criações.

Valdemar Santos

13 de junho de 2012

QUILOMBO MIMBÓ RELATÓRIO DE ATIVIDADES/ OFICINA DE DANÇA AFRO




Iniciamos as atividades com inscrições e realização das oficinas de dança, uma forma de contagiar e conquistara simpatia da comunidade diante do projeto. As aulas aconteceram no “Clube J Show” que tem como proprietário seu João; que assume total apoio as atividades do Projeto Quilombo Mimbó e inclusive firmamos com ele parceria com a possibilidade de que todas as oficinas do projeto aconteçam no mesmo local, de forma centralizar e consolidar nossa parceria. Realizamos um mutirão de limpeza onde juntamente com as crianças e adolescentes inscritos limpamos e deixamos o espaço propício para nossas práticas. 

Tivemos cerca de 56 pessoas inscritas entre crianças, jovens e adultos, a primeira oficina foi de Dança Afro, nela apresentei conceitos e princípios da dança como um todo, introduzindo a questão da consciência corporal a divisão muscular e óssea entre outros fundamentos. Apresentando de forma panorâmica os elementos que a compõe a dança: corpo, espaço, tempo, força e ritmo. A comunidade já se familiarizou em muito com o estilo de dança pois, já é bastante praticada por aqui em festas e comemorações onde as pessoas danças ao som do tambor, porém foi importante pontuar algumas questões referente ao uso da coluna vertebral e a força necessária na execução dos movimentos para que a dança aconteça de forma harmônica já que o ritmo e muitos dos movimentos já fazem parte do cotidiano da comunidade. Quis introduzir então outros elementos mais globais que ajude a reconhecer e executar com mais eficácia a dança, pois, terá maior entendimento do seu corpo, que na dança é o principal elemento e por tanto precisa ser reconhecido e entendido no todo.

Durante toda semana trabalhamos o aquecimento corporal, a relação com espaço, com os outros corpos e com o tempo, a inclusão do ritmo dentro das sequencias elaboradas, a memorização das sequencias, o detalhamento dos movimentos e o esforço necessária a sua realização. Entendemos os tempos de aprendizado de cada individual, pois, as vezes é algo que requer mais paciência em determinadas turmas, e dependendo da faixa etária isso se agrava. No caso do Mimbó me chamou atenção a facilidade para alguns participantes para o confronto corporal, a luta mesmo, o empurrão, os pontapés etc, ele vivem brigando e se pegando nas atritos corporais, isso foi algo bem visível nas primeiras aulas. Com minhas interferências fomos canalizando a questão do respeito e da não violência, o que deixou os ânimos mais tranqüilos nos encontros. Pode ser um instinto natural ou ancestral a questão do duelo e da briga e isso pode até ser mote parar nossa criação é importante, porém que essa postara seja criativa e canalizada para o bem e não seja agressiva e excludente apenas sem motivo e gratuitamente pois gera uma violência generalizada onde os respeito ao próximo não é valorizado e perde-se ai um bem precioso de compromisso humano, achei nesse foco um importante aspecto a ser levanta nesse processo e pretendo atribuir a dança afro um sentido de paz e harmonia entre os pequenos dessa comunidade. No final da semana conseguimos 

6 de junho de 2012

OPEQ, EXISTINDO NO QUILOMBO MIMBÓ










REALIDADE: O Quilombo Mimbó.
Hj continuidade, harmonia e diversão, entender o corpo necessita de muitos ingredientes, estamos provando-os com prazer!

Tenho me sentido muito realizado com esse projeto, sendo útil como sempre, no entanto tem um encantamento em executar e passar minhas experiencias, que foram acumuladas ao longo de muita dedicação ao trabalho corporal. Passar meu conhecimentos as pessoas do Quilombo Mimbó (que é justamente meu berço), de onde originei, saí e retorno. Um processo muito comum e natural em muitas pessoas, no meu caso posso até ariscar em dizer que é um sonho realizado, tendo em vista que desenvolvo o mesmo trabalho de dança em diversos lugares do mundo, no entanto fazer aqui tem um sabor muito especial e receber deles a recíproca é minha coroação profissional.  Valdemar Santos idealizador do projeto.